Consciência Negra… Consciência geral

A consciência negra veio para quebrar preconceitos na semana da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi). Com uma agenda repleta de atividades, que vão desde amostras de filmes até aproximação das características da cultura negra, professores e colaboradores da instituição colocam seus alunos em contato com outra população descriminada.

O dia 20 de novembro é marcado como o Dia Nacional da Consciência Negra. Esse dia foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes. A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.*

E essa luta começa a ganhar mais força. No Brasil, a Lei nº 12.288/102, de autoria do Senador Paulo Paim, instituiu o Estatuto da Igualdade Racial. Segundo o artigo 1º, o Estatuto tem por objetivo “combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas desenvolvidas pelo Estado”. Discriminação racial é definida pelo texto legal como “toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo, ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais” (art. 1º, § 1º). Já desigualdades raciais, por sua vez, como sendo “situações injustificadas de diferenciação de acesso e gozo de bens, serviços e oportunidades, na esfera pública e privada”.

A professora e pedagoga Elsa de Farias da Silva faz parte do Movimento Negro em Ponta Grossa. Para ela, como educadora, a maior dificuldade é em relação à falta de respeito: “Acima da descriminação e do preconceito existe a falta de respeito com o ser humano. Acredito que quando há respeito, as coisas ficam com uma melhor relação e convivência”.

Ainda para Elsa, as leis não vêm para segregar a classe negra: “Isso é uma conquista! Podemos observar nos diversos setores econômicos que a falta de oportunidade para negros e negras no Brasil é muito grande”. A população negra ainda está à margem e aquém do ideal. A busca pelo direito de igualdade é para todos, seja negro, cego, branco, amarelo. Somos em primeiro lugar humanos.

*Fonte: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm

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