Tarde do pastel

Boa tarde a todos!
Neste último sábado, realizamos a tarde do pastel, parceria com o Rotary Club Ponta Grossa.
Agradecemos a todos os envolvidos neste dia muito importante. E obrigado a vocês que colaborou comprando nossos pastéis

Coelhinho da Apadevi, que trazes pra mim?

O coelho já está rondando a Apadevi Ponta Grossa. E quem ajudar nossa instituição poderá concorrer à uma deliciosa surpresa ‘pascoalina’!

Por apenas R$2,00 você compra uma rifa de Páscoa e concorre à uma cesta repleta de chocolates. Hmmmmm, que delícia não?! Toda a renda será convertida na continuação da construção da nossa nova sede.

Não fiquem de fora dessa!

Divulgação rifa de Páscoa

Consciência Negra… Consciência geral

A consciência negra veio para quebrar preconceitos na semana da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi). Com uma agenda repleta de atividades, que vão desde amostras de filmes até aproximação das características da cultura negra, professores e colaboradores da instituição colocam seus alunos em contato com outra população descriminada.

O dia 20 de novembro é marcado como o Dia Nacional da Consciência Negra. Esse dia foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes. A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.*

E essa luta começa a ganhar mais força. No Brasil, a Lei nº 12.288/102, de autoria do Senador Paulo Paim, instituiu o Estatuto da Igualdade Racial. Segundo o artigo 1º, o Estatuto tem por objetivo “combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas desenvolvidas pelo Estado”. Discriminação racial é definida pelo texto legal como “toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo, ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais” (art. 1º, § 1º). Já desigualdades raciais, por sua vez, como sendo “situações injustificadas de diferenciação de acesso e gozo de bens, serviços e oportunidades, na esfera pública e privada”.

A professora e pedagoga Elsa de Farias da Silva faz parte do Movimento Negro em Ponta Grossa. Para ela, como educadora, a maior dificuldade é em relação à falta de respeito: “Acima da descriminação e do preconceito existe a falta de respeito com o ser humano. Acredito que quando há respeito, as coisas ficam com uma melhor relação e convivência”.

Ainda para Elsa, as leis não vêm para segregar a classe negra: “Isso é uma conquista! Podemos observar nos diversos setores econômicos que a falta de oportunidade para negros e negras no Brasil é muito grande”. A população negra ainda está à margem e aquém do ideal. A busca pelo direito de igualdade é para todos, seja negro, cego, branco, amarelo. Somos em primeiro lugar humanos.

*Fonte: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm

Paraolimpíadas vista com outros olhos

Superando diferentes obstáculos, atletas com deficiência visual gravam o seu nome no cenário esportivo da cidade. Aos trancos e barrancos, alunos da Apadevi Ponta Grossa apresentam o atletismo adaptado para a cidade e avisam: queremos a Paraolimpíadas

   Em uma sala da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi), um grupo de adolescentes é questionado sobre um futuro próximo: “Qual é o principal objetivo de vocês?”. A resposta é unânime: “As paraolimpíadas, é claro”. Dedicação não faltará para ‎Stephanie, Ana Patrícia, Luan, Pâmela, Marielly, Elisiane, Lucas, Jéssica, Cláudia e Pedro. A equipe de Atletismo Adaptado da instituição de Ponta Grossa pretende disputar a Paraolimpíada que será realizada pela primeira vez no Brasil, em 2016. Tempo para treinos e aperfeiçoamentos eles têm de sobra. Garra também. Com tantos sonhos, os jovens atletas só pensam em superar metas, vencer desafios e trazer alegrias para todos os pontagrossenses.

Esforço que vale a pena: com tantos treinos, Stephanie é destaque e grande promessa da equipe de Atletismo da Apadevi
Esforço que vale a pena: com tantos treinos, Stephanie é destaque e grande promessa da equipe de Atletismo da Apadevi

   A Apadevi é uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos. Atualmente atende 191 pessoas com deficiência visual total e/ou com baixa visão, sem limite de idade, em diversos programas. Dentro disso, uma das atividades ofertadas é o esporte. Ainda de maneira precária, o atletismo é a única atividade esportiva na grade de programas. A nova sede da associação está em fase de construção, e a piscina para natação está com seu lugar garantido no espaço. Mas enquanto isso, o foco é nas pistas de corrida e lançamentos.

Relação de confiança

   Fator indispensável na prática desportiva adaptada, o atleta guia aparece como auxílio para a busca da vitória. Atualmente, a Apadevi conta com três atletas guias. Bruno Margueritte entrou de “gaiato no navio”. Ele começou a ir para a instituição a fim de completar seu treino de taekwondo, por sugestão de seu treinador. O apresso pelo local foi tanto que acabou ficando. Ao lado de Diego Cavalli, tem desempenhado um papel importante na vida de todos os jovens atletas. A dupla possui sintonia e equilíbrio: enquanto Diego vem com a teoria, Bruno é totalmente prática.

   A “menina dos olhos” da Apadevi, atualmente, é o projeto “Oficina de Atletas-Guia”. Segundo a assistente social da Apadevi, Regina Rosa, a proposta do projeto é “trabalhar o fortalecimento de vínculo comunitário com os usuários atendidos pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) que estão em vulnerabilidade social”. Trocando em miúdos, o objetivo do projeto é uma quebra de preconceitos de mão dupla: tanto dos assistidos pela Apadevi quanto das crianças assistidas pelos CRAS.

   Tanto Bruno como Diego estão estagiando na associação. A delicadeza na situação dos atendidos por eles é um diferencial a mais para que façam seu trabalho cada vez melhor. “É gratificante vê-los e ajudá-los a chegar até o topo. Eles provam para os outros e também para si mesmo que serem vistos e qualificados como diferentes é algo errado”, relata Diego. Além de provarem para os outros a capacidade que têm, os atletas com deficiência visual provam para si mesmo que possuem capacidade como qualquer outra pessoa. Bruno ressalta a importância da gratidão dos atletas para com a instituição: “Com as vitórias e bons resultados colecionados até aqui, eles devolvem para a Apadevi tudo aquilo que foi ofertado e investido neles”.

Apoio amigo: a relação guia-atleta vai além de apenas companheirismo. É preciso ter confiança.
Apoio amigo: a relação guia-atleta vai além de apenas companheirismo. É preciso ter confiança.

Superando diversas barreiras

   Além da superação social imposta naturalmente pela deficiência, a superação vem também da situação precária. Os treinos diários da equipe de atletismo adaptado da Apadevi são momentos que se aproximam da realidade nômade: a equipe migra por diversos locais da cidade. Há dias em que os treinos são na própria sede da Apadevi, ou então no Campus UEPG Uvaranas, e na Arena Ponta Grossa.

   Para o presidente da instituição, Generoso Fonseca, “as dificuldades são muitas, mas sempre damos um jeito para que eles participem de competições e tenham condições para treinar”. Segundo o atleta guia Bruno, “a falta de locais adaptados para o treinamento prejudicam a qualidade do trabalho desenvolvido, limitando os treinos”. O ponto de largada feito com restos de meio fio é prova disso.

   Apesar da dificuldade encontrada na precariedade, Diego Cavalli ainda vê um ponto positivo nessa falta de qualidade: “Na dificuldade que buscamos melhorias”.

Fazemos como podemos: restos de meio fio servem como os blocos para corrida.
Fazemos como podemos: restos de meio fio servem como os blocos para corrida.

Sonho que se sonha junto

   A felicidade dos pais está na felicidade dos filhos. Adriane Borba está aqui para provar essa afirmação. Mãe da atleta Stephanie Borba, Adriane não teve uma relação de amor a primeira vista pelo atletismo, assim como a filha: “Achei que era algo que não daria futuro, era apenas mais uma fase”. Para um pai e uma mãe, deixar o filho abrir as asas e voar mais alto é difícil. Para um pai e uma mãe, deixar o filho com deficiência visual abrir as asas e voar mais alto é ainda pior. Adriane destaca que deixava Sthephanie com mais sintoma de “coitadismo” do que ela relamente era/é.

   Sthephanie é uma das atletas pratas da casa da instituição. Quando a equipe ainda era composta por apenas 4 atletas, ela estava entre eles. A mãe sempre teve uma dificuldade em acreditar que isso daria bons frutos. Para Adriane, a maior dificuldade são as viagens: “a estrada é meu maior medo. Não quando ela está no local de competição, mas quando ela está a caminho ou voltando. Só sossego quando sei que ela está na cidade”. Para ponderar essa situação, o pensamento de Adriane é o fato da filha já ser naturalmente privada de muita coisa, isso causa uma dificuldade da mãe dizer os temerosos – e precisos – não’s para a filha.

   Apesar dos medos e aversões que ainda existam, Adriane só deseja ver a filha feliz e realizada: “Temos uma cumplicidade muito grande. Se isso a faz feliz, tenho que apoiar. Só quero a felicidade da minha filha”.

Almejando vitórias, enxergando conquistas

   A equipe de Atletismo Adaptado da Apadevi é exemplo a ser seguido por muitas pessoas. O desejo pela participação e vitória das Paraolimpíadas é palpável e está mais perto com a tamanha dedicação vinda desses atletas. “Além da qualidade de vida é um esporte que eu aprendi a gostar com o tempo, e eu pretendo estar na Paraolimpíadas e ser uma profissional”, diz Stephanny.

   Para a atleta Ana Patrícia Franco, “o atletismo mostra que a gente é capaz de fazer o que a gente quiser e podemos alcançar grandes vitórias”. “O esporte é importante para nossa auto-estima, para que possamos sentir que temos uma utilidade, se assim posso dizer; que temos condição, potencial e talento”, destaca Pâmela Aires.

Reportagem escrita pela
acadêmica do terceiro ano
de Jornalismo UEPG,Larissa Rosa

Um mundo que abre diversas portas

O mundo da leitura é um mundo mágico! Pensando nisso, professoras da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi) levaram seus alunos, durante a semana, até o III Festival Literário Internacional dos Campos Gerais (Flicampos). Acreditando que a leitura é um importante instrumento para o desenvolvimento, o evento atraiu a população para diferentes pontos, como literatura e linguagens inclusivas e também palestras de educação inclusiva.

Professoras e alunos da Apadevi se divertem no mundo mágico da leitura, proporcionado pela III Flicampos
Professoras e alunos da Apadevi se divertem no mundo mágico da leitura, proporcionado pela III Flicampos

As crianças puderam participar de oficinas de circo na tenda do Espaço Arrelia, montado ao lado da Usina do Conhecimento. As oficinas foram comandadas pela Família Salgueiro, que ministrou aulas de malabarismo, acrobacias aéreas e no solo, tudo com participação gratuita. Segundo o atual patriarca da família, Gilberto Salgueiro, as qualidades desenvolvidas nas crianças na prática da arte circense extrapolam a atividade física: “O principal é o exercício mental que o circo proporciona, pois os exercícios oferecem uma meta para a criança e ela só vai alcançar seu objetivo se tiver determinação e treino”.

Atividades diferenciadas como essa possibilitam que questões como a interação com a comunidade e aquilo que à ela é proporcionada sejam desenvolvidas de forma a somar no trabalho já feito pelas professoras da Apadevi.

Até gringo entrou, a Apadevi é show!

Estrangeiros invadem a Apadevi! Após a estadia da intercambista chinesa Angel Tang Tang (que deixou muita aprendizagem e saudade), a instituição abre suas portas pelas próximas 6 semanas para a ucraniana Ana Slatapolska. A intercambista chegou ao Brasil na segunda feira (8) e trouxe na bagagem muita força de vontade para apresentar aos alunos e funcionários todo o conhecimento adquirido na Alemanha, onde reside atualmente.

Russo, alemão, francês, inglês, chinês e, agora, português. Ana, como boa intercambista que é, domina essas línguas e sabe se virar em qualquer canto do mundo. Através da AISEC, Ana teve a oportunidade de conhecer nosso país e também a cidade de Ponta Grossa para realizar trabalhos voluntários e somar forças junto da instituição.

Com um computador adaptado para a língua alemã, Ana chegou buscando trabalho.
Com um computador adaptado para a língua alemã, Ana chegou buscando trabalho.

Estudante de Pedagogia na cidade de Nürnberg (Nuremberg), norte do estado da Baviera, Ana está perto de concluir seu curso. Através de variadas atividades na instituição, ela trará tudo que acumulou durante 3 anos de curso. Curiosa e pronta para desafios, a intercambista trabalhará com a área do Marketing dentro da Apadevi, afim de que mais pessoas conheçam a instituição e se interessem por contribuir. A expectativa é grande, tanto de Ana como de toda a equipe da Apadevi Ponta Grossa.

Já sabendo seu destino, Ana criou um blog para apresentar ao Mundo o que é a Apadevi. Com o título “Education Center”, Ana faz uma síntese do que é o trabalho da instituição e como as pessoas podem contribuir. Vale destacar: ao lado superior direito da página, há um espaço onde doações podem ser feitas. Toda contribuição é importante. Abaixo, o texto (traduzido) escrito por Ana e o link do blog:

“Hey caras!

Como o vídeo acima já pode dizer para vocês, somos um centro para deficientes visuais, localizado em Ponta Grossa, Brasil. Nós temos como objetivo educar crianças e adolescentes com deficiência visual e também ajudar pessoas idosas com problemas de visão.Atualmente cuidamos de 191 alunos. Nossas aulas pretendem abranger todas as áreas, desde a estimulação sensorial de bebês até o ensino em leitura (braille), escrita, matemática, história, música, esporte e trabalho artesanal. Também organizamos eventos festivos com regularidade e fornecemos ajuda psicológica.

Infelizmente o terreno em que nossa instituição é construído é propriedade do Estado e tem de ser deixado o mais rápido possível. Já conseguimos comprar um novo pedaço de terra e começar a construir um novo centro com um espaço mais amplo e um parque infantil. O que falta, e muito, é o interior: o bloco administrativo, o bloco clínico, a cantina, banheiros, uma biblioteca, assim como material sanitário.

No caso de você desejar contribuir para a melhoria da qualidade de vida de muitas pessoas e ajudar a criar uma sociedade melhor, com igualdade de oportunidades para todos, não hesite… Cada centavo conta. Hoje você tem a chance de colocar um sorriso no rosto de outra pessoa :)”

http://www.gofundme.com/ecurug